1 de maio de 2011

O que diz a Imprensa

DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA
Ana Madalena Gonçalves não cabia em si de tão contente, com a vitória. Foto Joana Sousa/aspress

Festival procura autores
Encontrar autores de músicas e de letras com vontade de participar no 'Festival da Canção Infantil da Madeira' é desafio que se coloca à organização nos próximos anos. Ontem realizou-se a 30ª edição, de onde saiu como grande vencedora Ana Madalena Gonçalves, com o tema 'No Tempo dos Meus Pais'.

A canção com letra de José Carlos Mota e música de Ricardo Rodrigues foi distinguida também nestas duas categorias e foi ainda 'Canção Recomendada Para Crianças', numa cerimónia que entregou o 2º prémio a Mariana Pestana, com 'O Maravilhoso Aquário'; o 3º a 'Para, Escuta, Olha', defendida por Marta Henriques; o 4º a Ana Ferreira, pela canção 'Plim! Fantasia...'; e o 5º a 'Meu Quarto, Meu Mundo', cantada por Fátima Freitas.

O 30º 'Festival da Canção Infantil da Madeira' contou com 12 concorrentes ao invés dos 14 dos anos anteriores, precisamente porque há menos pessoas a escrever e compor para o Festival, lamentou Carlos Gonçalves. Segundo o Director do Gabinete Coordenador de Educação Artística (GCEA), das pouco mais de 20 que se candidataram, o júri de selecção achou que apenas estas tinham qualidade para competir. "Eu sinto que nos últimos anos uma das fragilidades deste Festival começa a ser a falta de autores. Nós tivemos anos em que concorriam 50 canções", recordou. Nos últimos anos, disse, "o número tem reduzido imenso, ao ponto de este ano termos passado de 14, que era a nossa média nos últimos anos, para 12". O Festival, lembrou, faz-se primeiro com autores de letra, depois de música e só depois com as crianças que, garantiu, "nunca vão faltar".

Ontem foi também dia de homenagem a Maria Aurora, com Luís Represas, um reconhecimento público que é para continuar nas edições futuras, tendo precisamente por alvo um dos autores que ao longo dos anos se destacaram pelo contributo para o Festival, lançado por Manuela Aranha.

Maria Aurora escreveu 32 letras. Para 2012 há já vários candidatos. O objectivo é fazer a homenagem ainda em vida, pelo que vão começar pelos mais velhos.
Ainda como medida para incentivar para tornar o Festival mais atractivo para os letristas e compositores, os computadores que eram os prémios para melhor letra e melhor música, patrocinados pelo Banif, foram transformados numa conta com um valor associado de 500 euros.

Em termos de formato, pouco há a mudar, disse Carlos Gonçalves, que olha para o Festival como o 'ex-libris' da música infantil no País. "Este é o único festival do país com dignidade".

Este ano, pela primeira vez o evento foi transmitido em directo para todo o país e para todo o mundo através da RTP Internacional, uma emissão que é para continuar. O secretário regional de Educação e Cultura Francisco Fernandes agradeceu, e agradeceu a todos os que nos últimos 30 anos "encontraram as palavras certas e o som certo para transformar histórias infantis em canções".

Uma dupla de sucesso
Se para a Ana Madalena Gonçalves, de 9 anos, a vitória soube a novidade, por entre muito nervosismo, choro e sorrisos, para José Carlos Mota e Ricardo Rodrigues, autores da letra e música foi um regresso aos prémios. A dupla venceu no ano passado (embora a letra tenha sido apresentada no nome da mulher de Mota) e ao longo de uma década de participação tem acumulado vários segundos, terceiros e outros prémios. Para o próximo ano, regressam.

Já Madalena não estava em si de tão contente. Arrebatada pela emoção, confessou que não esperava ganhar e que a sensação era boa. "Eu pensei que não ia ganhar", disse entre lágrimas, sem outros planos para o resto do dia que não gozar o sabor da vitória que lhe deu a canção, que fala de brincadeiras de outros tempos.

JORNAL DA MADEIRA
Ana Madalena venceu Festival da Canção Infantil
A 30ª edição do Festival da Canção Infantil da Madeira deu a vitória à música “No tempo dos meus pais”, interpretada por Ana Madalena Gonçalves, de dez anos, com letra de José Carlos Mota e música de Ricardo Rodrigues. Este tema arrecadou ainda o título de Música Recomendada para Crianças e o prémio especial Banif ao melhor letrista e à melhor composição.
Foi com uma forte emoção e lágrimas a ameaçarem cair, que Ana Madalena ouviu o seu nome e o da música que cantou a serem anunciadas como primeira classificada.
Com o secretário regional de Educação e Cultura e o director do GCEA no palco a entregarem os prémios, foram ainda anunciadas a música “Meu quarto, meu mundo”, cantada por Fátima Freitas, com letra de Maria da Paz Spínola e música de Nélio Martins, como quinta classificada. Em quarto lugar, ficou o tema “Plim! Fantasia...”, cantada por Ana Carolina Ferreira, com letra de Ana Narciso e música de Carina Freitas. Em terceiro, a música “Pára, escuta e olha”, interpretada por Marta Henriques, com letra e música de João Mancelos, em segundo lugar, ficou o tema “O maravilhoso aquário”, cantada por Mariana Pestana, com letras de António Castro e música de Ricardo Rodrigues.

«Gostaríamos de ver este festival no continente»

Luís Represas foi o convidado especial na 30ª edição do Festival da Canção Infantil da Madeira. O cantor, que interpretou “Núvens de Algodão”, com letra de Maria Aurora, a quem fez uma homenagem, ao cantar com a neta da autora, Maria Luís, manifestou ao público estar maravilhado com a qualidade do Festival. Elogiou o facto de o evento estar, há 30 anos, a incutir o gosto pela música aos mais novos. Luís Represas disse até que «gostaríamos muito de ver este festival no continente». Antes, e ao JM, o director do GCEA, Carlos Gonçalves, manifestou o desejo de a RTP 1 vir a transmitir o festival em directo, agradecendo, no entanto, a transmissão que estava a ser feita para a RTP Internacional, Madeira e Açores.

Maria Aurora homenageada

Maria Aurora, que criou 32 letras para músicas no Festival, foi ontem homenageada pela SREC. As suas filhas receberam um quadro manuscrito com a homenagem perpetuada. A partir deste ano, em cada edição será homenageado um autor de letra ou música que tenha trabalhado para o festival.

8 comentários:

Anónimo disse...

REALMENTE DEVE SER CADA VEZ MAIS COMPLICADO ENCONTRAR AUTORES DE MUSICAS E DE LETRAS DEPOIS DA VOTAÇÃO DO 30º FESTIVAL PARECE QUE UNS SÓ SERVEM PARA TRABALHAR E NA HORA DE VER RECONHECIDO O SEU TRABALHO PURO E SIMPLESMENTE NADA!!!!!

RUICAIRES@LIVE.COM.PT disse...

SERIA POSSÍVEL CARREGAR O VIDEO DA CANÇÃO Nº8 OBRIGADO

Anónimo disse...

Respeite-se, com justiça, os bons autores que temos! O júri, além de surdo, principalmente não sabe ler? A pobreza está no «júri» e não nos concorrentes! Eles não decidem... (????!)

Anónimo disse...

Os melhores NUNCA são premiados. É gritante!

Anónimo disse...

Boa Tarde! Gostaria que fosse carregado o vídeo da canção n.º1,O Golfinho Sabichão! Obrigado

Anónimo disse...

Boa tarde, será que podia carregar o vídeo da canção nº. 4, Ando às voltas ( com a palavra)??

Obrigada

Ricardo disse...

Um festival com 5 canções é um miniconcurso. A solução é contratar um compositor profissional que não entrará na votação de melhor música. O fundamental neste festival são os solistas, o coro e os arranjos. Para acabar com os melindres e amuos entre os autores não premiados, a solução é o televoto popular, ficando o júri com os prémios de melhor música, melhor solista, melhor letra e canção recomendada para crianças.

Anónimo disse...

Tenho a certeza que para o ano o festival será ainda melhor! Não podemos ser pessimistas! Quanto a poder participar, para tal, é necessário ter em conta os princípios e as regras. Ninguém cria uma letra ou compõe uma música para um objectivo determinado, sem que antes tenha conhecimento dos regulamentos, que são até facilmente disponibizados. É um concurso, não um jogo de xadrez. O que conta é obviamente o talento mas também, neste caso, o fruto da relação dos autores com o interprete e vice-versa, em conjunto com a qualidade vocal deste último. É um festival para crianças, estas têm mais é que se divertir! E fazem muito bem em aproveitar a infância, já que actualmente, o mundo os obriga a crescer mais rápido e a assumir mais e maiores responsabilidades...

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